terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ecologia e cidadania

APRESNTAÇÃO DO AUTOR:

Carlos Minc é descendente de família judaica, aos dezoito anos, cursando o Colégio de Aplicação da UFRJ, foi vice-presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (AMES), cargo de liderança no meio estudantil em plena ditadura militar.

Foi guerrilheiro, participando em atos de protesto armado contra o regime, acabou preso, em 1969. Integrante da organização clandestina VAR-Palmares, onde militou ao lado de Dilma Roussef, participou em 18 de junho, no Rio de Janeiro do roubo de um cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo: Ademar de Barros (considerado pela guerrilha como símbolo da corrupção), de onde foram subtraídos 2,5 milhões de dólares.

Foi libertado em 1970, juntamente com outros 40 prisioneiros políticos.

Em 1978, Minc terminou o curso de mestrado em Planejamento Urbano e Regional, pela Universidade Técnica de Lisboa. Tornou-se doutor em Economia do Desenvolvimento pela Universidade de Paris, em 1984.

É membro-fundador do Partido Verde (PV), juntamente com Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis, tendo sido eleito deputado estadual em 1986, 1990, 1994, 1998 e 2002, e em 2006.

É autor de inúmeras leis aprovadas pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, das quais muitas são voltadas para a defesa do meio ambiente enquanto outras têm mais a ver com a cidadania.

Recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela ONU às pessoas que se destacaram na defesa do meio ambiente em âmbito mundial.

PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA

Em Ecologia e cidadania, Minc deixa clara sua intenção de conscientizar os leitores isto é: mostrar-lhes como é grande seu papel no mundo em que vivem. A obra fala muito sobre a necessidade de uma sustentabilidade, e que isso depende muito de como encaramos a ecologia. O papel de cada cidadão é muito importante. Minc diz que o mais importante de tudo é a prática de atividades ecologicamente corretas conscientes. Fala sobre a nessecidade de uma CONSCIÊNCIA SOBRE ECOLOGIA, e não de um série de regrinhas como não jogar o lixo no chão e fechar a torneira enquanto se escova os dentes.

Nesta obra, Minc é insistente em afirmar que é necessária uma educação ambiental completa e profunda.

BREVE RELATO DA OBRA

No primeiro capítulo fala bastante a respeito da formação da forma de pensar: “ecologicamente correta”. Fala também de como a vida cotidiana pode influenciar no rumo que o planeta tomará. Nesse capítulo, Minc chega a fazer inclusive análises sociológicas sobre como a questão do consumo desenfreado é prejudicial ao planeta.

No segundo capítulo Minc fala a cerca de: o que é, realmente, ser um indivíduo que contribui para a sustentabilidade integral do planeta?

O terceiro capítulo é repleto de dados, informações e opiniões sobre povos que viviam de forma auto-sustentável, ou não. Fala bastante sobre o desgaste ambiental que o capitalismo traz consigo,etc.

O quarto capítulo é uma leitura extremamente positiva, eu diria até necessária, para moradores de grandes cidades. Trata-se da visão de Minc sobre o planejamento urbano e como isso influi na qualidade de vida dos cidadãos, no seu dia-a-dia,etc.

O quinto capítulo, para mim o melhor deles, trata-se basicamente da questão da educação, de como transformar conhecimentos, em práticas e atitudes cotidianas, as vezes de difícil compreenção.

O capítulo seis, fala da relevancia do meio na saúde e no bem-estar do cidadão.

O setimo capítulo fala bastante da questão das indústrias poluidoras, das más condições e riscos dos seus trabalhadores. Mas fala também de como isso pode mudar e do quanto isso já mudou devido a alteração do pensamento coletivo que já houve.

No oitavo capítulo Minc atenta seus leitores do grande obstáculo para a obtenção de um pensamento ecologicamente correto: a influencia da economia nisso tudo. Há quantias financeiras inestimáveis dependendo do meio ambente para gerarem lucro. E para os donos desse lucro, isso é o mais importante.

No nono capítulo, Minc é veemente em falar da importancia dos valores das pessoas, e da necessidade de bons valores de uma forma geral, mas principalmente daquelas pessoas que possuem maior representatividade perante a questão ecológica.

E o décimo capítulo é uma conclusão bem pontual, e põe em prática, mostra todos os projetos e pensamentos do autor a respeito da ecologia.

REFLEXÃO SOBRE A OBRA

Primeiramente eu gostaria de dizer que concordo com TODAS as ideia expostas neste livro. Minc tem uma visão muito clara, bastante idealistas, e por vezes utópicas, sobre as pessoas e o papel que elas podem/poderíam desempenhar ajudando assim, ou não, a conservação do planeta.

Minc consegue escrever de forma muito clara e suas ideias e reflecções sobre a ecologia. E a mensagem principal que se tira do texto é algo em torno de:

- Nossa, tem tanta coisa nas minhas mãos... E mesmo assim eu continuo me preocupando com coisas banais. Está na hora de pensar sobre o que faço e sobre o que deixo de fazer.

É realmente um livro concientizador!

Referências bibliográficas:

Ecologia e Cidadania, MINC, Carlos. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2005.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Minc#Biografia, acessado em 03/12/2009.