Carlos Minc fala em seu livro sobre a ecologia e a cidadania, coisas que se pararmos para pensar nunca foram realmente respeitadas em nosso meio social a parir do ponto que baseamos nosso sistema em uma produção. Ao sair da caça e coleta entramos em uma nova vida que beira o Surrealismo e o Criacionismo, pois, como viver em um mundo extraindo tudo o que há sem repor? Pois é, nossa sociedade nunca foi fiel a seus princípios e por fim estamos corrompendo não só a nós como ao nosso planeta e toda a vida que aqui habita. Será que já paramos para pensar além dos lucros? Cada pré-sal encontrado são mais milhões de carros emitindo gases poluentes causadores do efeito estufa sobre nossa camada de Ozônio. Mas não, não vemos isto. Como Minc afirma nossa sociedade não pode mais contentar-se apenas com simples costumes ecológicos mas temos que batalhar um ensino avançado sobre estas questões que afluem em nossa sociedade devidas a tamanha irresponsabilidade de nossa espécie.
Já é de tempos que teorias e noções ambientais sobre tal caos que se instala existem, mas não abrimos nossos olhos para ver o que há em nossa volta. Será que nunca conseguimos linkar os fatos? Ou será que ainda vemos filmes de super-heróis e deixamos as frases passarem despercebidas? Pois é, grandes poderes vem com grandes responsabilidades e em um mundo de seres ditos irracionais um cérebro capaz de armazenar, analisar e refletir conhecimentos é mais que um poder, é uma evolução. E por que não evoluir de forma lógica (para melhor)? Ao contrario do que deveria ser por natureza quanto mais crescemos mais regredimos. Ao invés de usar o capitalismo para ganhar liberdade de expressão e tantos outras possibilidades o usamos para oprimir os pobres de direitos humanos e nos afundar ainda mais em um sistema consumista onde só pararemos quando consumirmos a nós mesmos.
Minc trás em seu livro algumas idéias muito interessantes como a de que precisamos de uma sociedade com pessoas de valores e principalmente sobre aqueles que têm maiores responsabilidades. Mas será que conseguimos ver quem são estes? Será que acusamos nossos governos sabendo que eles que são os culpados por tudo ou é que o governo se deixa acusar para esconder a face dos verdadeiros causadores dos problemas, para que possa manter este sistema capitalista/consumista em que vivemos? Pois lhes digo quem são os verdadeiros causadores dos problemas. Nós! Nós que nos deixamos cegar por conceitos burros que nos são passados e continuamos a nos envolver em dividas para manter um status perante os outros. Nós que deixamos as grandes empresas renderem mais do que seus donos podem gastar produzindo seus utensílios com matérias primas que um dia vão acabar sim. Nós que pegamos nossos carros movidos a combustíveis fosseis ao invés de dar uma boa caminhada, pedalada, andar com transportes públicos, ou seja, lá quais outras milhões de alternativas nos são capacitadas. Esta é a educação ambiental que Minc diz que nos falta. A noção de que tudo o que fazemos tem uma conseqüência e que, por conseguinte ira nos afetar.
Minc tem suas idéias muito claras e pontuais, seu desejo por uma implantação educacional nas pessoas é inspirador e seu raciocínio é muitas vezes fácil de acompanhar, embora algumas vezes se enrole na fala (escrita). Mas sim, seu livro é muito bom e conflitante. Trás um assunto que não diria que é pontual, mas sim um assunto “torrado”, por assim dizer. Mas ainda acho importante a reflexão de cada um sobre suas idéias e não simplesmente a aceitação delas, pois assim conseguiremos chegar melhor a um pensamento evoluído e, quem sabe, por em pratica uma solução rápida e efetiva. Aconselho o professor a destinar aos alunos algum trabalho mais afundo sobre o assunto, como alguma arte ou algo de gosto geral que consiga expressar o sentimento do jovem em relação a este problema e quem sabe mais tarde tentar divulgar os resultados visando começar um trabalho de conclusão na sociedade. Nunca é tarde para começar. E além de tudo, gostaria de mostrar ao professor o trabalho da mostra científica realizado pelos alunos Douglas Cescon, Felipe Dille Benevenuti, Gabriel Machado Figueiredo e Gustavo Führ Hartmann que aborda um assunto relacionado ao assunto e, ao meu ponto de vista, muito importante na nova geração.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário