segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Texto SEM OBRIGAÇÃO

Primeiro gostaria de pedir desculpas por ter postado comentários com o e-mail de login errado :p
Em segundo gostaria de postar este texto que fiz sem compromisso em uma das aulas de sociologia (obs.: ainda esta em construção, falta a conclusao da idéia). Espero que gostem e porfavor sejam delicados porém sinceros nas criticas.



Maresia Urbana

Acordo. É novo este dia. Para começar, resolverei meus problemas favoravelmente. Tomarei meu café social exclusivo, com minha dieta desigual, saciando minha fartura de poucos e escondendo minha fome dos tantos. Afinal, hoje é dia de maré alta e o mar de preconceitos cresce na Praia da Comunidade.
No caminho encontro alguns amigos desfavorecidos e lhes convido à juntar-se a mim. Infelizes de seu infortúnio seguem escravos de seu trabalho e história rumo a mais uma longa jornada mal remunerada de segunda feira sem férias. Mas eu sigo em frente.
Finalmente a praia aos meus pés. Posso sentir a áspera e desconfortável vida aos meus pés desta imensidão frígida desabrigada do tempo. O aroma poluído desta maresia urbana bate em minha face pasma. O precipício da pequena crista cristalina e pura à imensidão áspera e dura da maioria é ainda mais íngreme do que mostraram na TV, exigindo muita garra, força e paciência de nós aqui de fora. Pobres são aqueles inexperientes que entram neste mar gélido de aflição forçados por seus Deuses. Mas eu sigo em frente, amedrontado e pasmo.
Hora de me dirigir ao outside, como dizem os brasileiros e sua cultura dominada por influencias externas e pela mídia que mesmo com simples palavras nos injetam seus costumes e devoram nossa cultura e mente. Entro no mar preso apenas por meu lash, revestido de fé e de esperança.Tento ir longe com minhas próprias mãos, mas as camadas mais altas desta água insistem em me empurrar de volta à margem. Remo, remo, remo e não saio do lugar. Não me foram oferecidas as possibilidades necessárias, mas isso não importa a ninguém, mesmo assim sou taxado de incapaz, insistimos a pensar que meu lugar é na margem daqueles que chegam lá por terem “jet skis” que não podemos comprar. Quando já não tenho mais forças para lutar contra este sistema, surgem em minha volta figuras populares. Então quebro meus valores construídos no berço dos braços de meus pais ao abrir a boca e falar com estranhos. Felizmente, tais corruptos de calção e cabelos loiros de parafina conhecem os desdobres da lei que me rege e me mostram o canal para burlar as marés. Fico com receio, mas vou atrás à busca de uma vida melhor, sem ajudar aqueles que morrem afogados com seus conceitos corretos. Mas eu sigo em frente amedrontado e pasmo, corrompido pelo egoísmo.



Aqui esta. Outra hora posto o final. Espero que gostem :)

2 comentários:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Bom... Ainda estou refletindo sobre o que li... Dá muito que pensar... De início, para dizer alguma coisa (se é que a respeito de um texto como esse devamos dizer algo, ao invés de sentir algo): impressionante!
Abraço,
Prof. Donarte.

Victória Kubiaki disse...

desculpe o termo prof donarte... PQP TA MUITO BOM *-----------*